domingo, 25 de setembro de 2011

A missão

Recentemente, aprendi em uma aula (acho que posso chamar assim) que a vida é dividida nas características e coisas que vivemos positivamente e devemos continuar, naquelas que nos são negativas e devemos corrigir e na missão que devemos empreender enquanto estivermos neste mundo.

Me ensinaram que não devemos nos distrair com tudo o que a vida nos permite e oferece ao nosso livre arbítrio e nos perder do caminho de nossa missão. Tudo é permitido: podemos usar todas as nossas possibilidades e aproveitar todas as oportunidades porque são aprendizado. Só não podemos deixar que viver essas possibilidades nos tire do caminho da nossa missão. E essa missão pode ser vivida de mais de uma forma, mas precisamos atingir ao seu ponto essencial.

Porém, o mais difícil de empreender esta tarefa é que não temos certeza sobre ela. Não sabemos com a certeza do preto e do branco qual é a nossa missão nesta vida. O sinal que soa dentro de nós é tão fraquinho...

Nós temos alguma pistas contidas em uma regra básica da vida: o Universo conspira para que tudo ocorra como deve, então ele conspira a nosso favor quando estamos no caminho e conspira contra quando não estamos.

A missão sempre está envolvida com a utilização de nossas caraterísticas mais fortes em algo que seja bom, que conduza a nós e a outras pessoas ao caminho do bem. Devemos provar ao Universo que os talentos que nós recebemos podem ser usados nesta vida para um resultado bom.

Deus nos fez com determinadas características e elas existem para o bem (nosso e dos outros). Os aspectos negativos dessas características devem ser dominados para que não atrapalhem. Já os aspectos positivos devem ser potencializados e utilizados em prol da vida.

Um amigo disse em um comentário à minha última postagem, citando Steve Jobs: "você tem que encontrar o que você ama", mas que isso não é fácil. Realmente não é. A gente aprende a se conhecer aos poucos. Mas o conjunto de características que são inerentes a nós indicam um caminho. 

Por exemplo, eu agradeço a Deus por ter um corpo perfeito, sem qualquer deficiência maior. Mas não sou uma pessoa fisicamente muito apta, não poderia ser atleta, soldado ou coisa assim. Mas minha alma é de um lutador, de quem enfrenta os obstáculos. Entre as minhas maiores capacidades está a intelectual: a mente aguçada e inquieta, a memória sempre ativa, a capacidade de ler, de escrever, de me comunicar, a compreensão para com o outro, o aconselhamento, etc. 

Com certeza, minha missão não é ser uma funcionária pública. Esse é o meio de vida. Mas eu posso dentro desse meio de vida, exercer minhas características em prol da minha missão, sabendo que sempre terei que superar todos os obstáculos. Mas minha vida não se limita ao aspecto profissional, então eu posso usar essas características em todas as áreas da minha vida, como por exemplo escrevendo este blog. Quantas pessoas serão atingidas por ele é algo que não me pertence e sim ao Universo. O Universo saberá se ele será um meio de alcançar as pessoas ou não. 

Mas estas características tem de servir à vida e não somente a mim mesma. Eu devo utilizá-las em todas as coisas que podem permitir ao Universo produzir um resultado para o bem.

Eu sou responsável pelo que falo e pelo que escrevo, mas também sou por todos os momentos em que me omito e não uso os meus talentos para produzir o bem.

Tente se autoanalisar e identificar os seus talentos, suas características positivas e as negativas, mas principalmente tudo o que você pode fazer para o bem seu e de outras pessoas próximas ou não. 

Qual será a sua missão?



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O tempo e a escolha

Já faz um mês que eu não escrevo aqui. O tempo passou muito rápido. Mas por que eu não parei para escrever? Posso usar a desculpa nº 1 para tudo: falta de tempo. 

Realmente, eu não tenho muito tempo disponível, assim como quase todo mundo não tem. Mas quem não tem tempo, não mantém um blog. E eu mantenho o blog porque é importante para mim. Sempre devemos ter tempo para o que é importante para nós.

O tempo é uma medida que não existe. Nós contamos o tempo por convenções sociais, mas hoje vivemos em uma época em que temos que fazer tudo, ver tudo, saber tudo, dar conta de tudo. É esse o nosso tempo? Ou é por isso que eles nos falta? 

Vejo o mundo e as pessoas correndo, estressadas. Eu vivo tentando dar conta de tudo e existem tantos como eu. Mas o tempo e a nossa sensação com ele é tão relativa... Tudo passa mais rápido ou mais devagar em razão de nossas sensações.

É por isso que eu me pergunto: o que é importante para mim agora?

Afinal, há dias de chuva e dias de sol. Nós, assim como a natureza, somos instáveis e cíclicos. Não somos só uma pessoa, única e constante. Somos múltiplos. Somos muitos dentro de nós.

Como você está agora?

Todos sabemos que devemos viver o presente para ser mais felizes, mas como se manter no presente? Cada um tem seu jeito, porque não há um jeito certo. 

Eu preciso olhar para mim e sentir: como eu estou agora? O que eu quero nesse momento? Para tudo é uma escolha, mas é uma escolha minha. Como o poema de Cecília Meireles: ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva. 

Não se tem tudo, mas temos sempre a escolha. Essa é a preciosidade da vida. A escolha não é do tempo, não é externa, não é imposta. Mesmo quando não vemos onde está nossa escolha ou quando não escolhemos, ela está lá. Podemos não ter consciência da escolha, mas escolhemos a todo momento.

Por isso eu me pergunto: como estou agora? O que é importante para mim hoje? O que eu quero neste momento? Eu realmente quero estar fazendo isso? Por que estou fazendo? Quais são os meus motivos? Eles são válidos para mim? O que estou sentindo?

Tudo começa na consciência e no conhecimento de si mesmo. É o primeiro passo. 

E você, como está agora?