quinta-feira, 23 de março de 2017

SE ACEITE

Bom dia!

Hoje estou reativando o blog. Já tem um bom tempo que eu não posto e algumas pessoas me perguntam: por que você parou?


Em primeiro lugar, quero dizer que não parei voluntariamente, mas somente por dificuldade de conciliar tudo o que temos para lidar no dia-a-dia. Mas eu sinto falta. Escrever me completa, me ajuda a me autoorganizar com os pensamentos e emoções. 


Quero registrar que é muito bom saber que tem várias pessoas acompanhando e que gostam do que eu escrevo. É um sinal de que minhas palavras tem significado para elas, que também repercutem no que elas pensam e sentem. É uma demonstração de afinidade. 


Como todo mundo, eu sou filha, esposa, companheira, mãe, amiga, profissional, cidadã e, o mais importante, pessoa. Um ser com pensamentos, reflexões, qualidade e defeitos, certezas e incoerências, tudo o que faz parte de nós. 


Sempre ressalto que, no mundo de hoje, é fácil esquecer que somos um ser completo. Vivemos tudo rápido e fragmentado. Mas não se deixe iludir: VOCÊ É UM SER COMPLETO. É uma criatura de nosso Criador completa, que pode não ser perfeita (porque nada é) e pode (e deve) evoluir, mas foi gerada com um conjunto de características que a faz única e especial. 


Nós discutimos a diversidade, mas esquecemos que nada neste mundo é igual a outra coisa. Tudo é único. Essa é a principal característica da natureza. Nos perdemos nesse mar de diversidade e, como tudo é único e especial, esquecemos que cada coisa e cada ser tem seu próprio e único valor. Assim, tendemos a unificar, a padronizar, a generalizar, a buscar uma igualdade que não existe e que não traz, de verdade, nenhuma qualidade em se mesma. 


Queremos ser iguais aos outros e pertencermos a um padrão, movidos apenas por uma básica e instintiva necessidade: ACEITAÇÃO. 


Mas não se iluda: buscar incessante esse padrão é o oposto da aceitação. Gostoso é quando o outro nos aceita como nós somos, sem tirar nem por. Perfeito é quando a gente se aceita, se reconhecendo com todos os nossos detalhes bons ou ruins e, se desejamos melhorar e evoluir, buscamos essa melhora com uma atitude amigável, compreensiva e generosa para conosco. 


Fica a mensagem da semana: SE ACEITE e você verá que esse é o caminho para amar a sim mesmo e ao outro. 


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Aceitando as fases

A vida é contínua, mas não é constante. Tudo muda o tempo todo. As marés, as estações do ano, o ciclo da natureza seguem continuamente alternando suas mutações.

Então, se este é ritmo da natureza por que se cobrar uma coerência perene? Por que não aceitar que nós também temos dias de chuva e dias de sol? Por que dizer que eu sou assim e pronto.

Nós somos muitos dentro de nós. Somos multifacetados. Nossa personalidade não é dotada de características indeléveis. Somos plurais e devemos nos aceitar assim. Variamos de acordo com as condições internas e externas que interagem o tempo todo conosco.

A vida é feita de fases. Desde o nascimento, passamos por mudanças contínuas e rápidas. Nossas características pessoais vão se formando com a bagagem que recebemos quando viemos ao mundo somada as reações que aprendemos com a interação com tudo que nos cerca. E isso continua pela vida afora. 

Você pode não se sentir o mesmo que ontem e isso pode mudar novamente. Precisamos ter a sabedoria de viver a vida aceitando as fases que vivemos. Isso é viver no presente. Não devemos lutar contra. É preciso perceber o que está diferente, reconhecer e aceitar. Aí sim temos condições lidar com isso e compreender se temos motivos internos e/ou externos que expliquem essa diferença. 

Às vezes basta aceitar que é uma necessidade nova ou momentânea. Uma pessoa extrovertida pode precisar de viver um momento mais introspectivo, de se fechar um pouco para o exterior e viver um balanço interno, por exemplo. É preciso saber aceitar o seu momento. 

Para se viver com mais naturalidade e sem tanto sofrimento, devemos sempre olhar para dentro de nós e reconhecer o que está acontecendo. Isso facilita o processo de aceitação e a identificação de como precisamos agir naquele momento. Sem esse olhar, você correr o risco de não se reconhecer em algumas fases da vida e isso causa um grande sofrimento. 

Aceitando aquilo que estamos vivendo e procurando agir de acordo com o nosso ritmo interno ou buscando conciliar o que sentimos com as demandas que recebemos do mundo exterior, conduzimos a vida com mais suavidade e naturalidade. 

Viver não é fácil, mas com sabedoria pode ser muito mais prazeroso.